Resenha de Moby Dick, de Herman Melville

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Há uma expedição para águas revoltosas para trazer as preciosas mercadorias derivadas das baleias. Uma boa recompensa vem com a aventura e você poderá ainda usufruir de companhia modesta, alimento condizente e a chance de demonstrar sua bravura. Concorda com os termos, marujo?


Editora: Nova Fronteira Resenha de Moby Dick, de Herman Melville
Páginas: 192
Ano de publicação original: 1851

Sinopse:

Muitos livros em um, Moby Dick é considerado uma das obras mais importantes da literatura. Publicado em 1851, recebeu duras críticas da imprensa especializada, sendo “redescoberto” apenas no início do século XX, por meio das análises de escritores consagrados da época, como D. H Lawrence e W. H Auden. O clássico de Herman Melville é narrado por Ishmael, tripulante do baleeiro comandado pelo capitão Ahab, que, em sua última viagem, deseja capturar a grande baleia branca que no passado arrancou uma de suas pernas. A beleza e a complexidade de Moby Dick residem na forma como Melville consegue explorar com maestria os mais diversos gêneros literários, construindo ao mesmo tempo diálogos shakespearianos, descrições científicas precisas e reflexões filosóficas sobre o bem e o mal.


Ismael. Um professor rural de família tradicional, resolve embarcar em um navio mais uma vez. Antes, só tinha se aventurado em navios mercantes de diversas áreas, mas agora, ele quer descobrir os segredos das baleias, animais que sondavam seus pensamentos e imperavam em sua imaginação. Logo, ele consegue saber do Pequod, o navio do impetuoso Capitão Acab, que promete ser uma boa viagem para Ismael e o seu amigo especialista no arpão, o selvagem Queequeg.

A viagem começa muito bem, com bons ventos e bom ímpeto. Porém, aos poucos, eles começam a saber das intenções do capitão do navio. Acab, que é perneta, quer vingança contra o perigoso cachalote branco Moby Dick. Esta enorme baleia é a razão de navios afundarem e das mortes de diversos marinheiros que tentaram a sorte contra o perigo animal. Mas nada mais importa para o capitão. Capturar o vilanesco animal é a razão de seu viver agora. Todos os seus comandados agora são persuadidos a continuar na caçada.

O estadunidense Herman Melville nos traz por um lado uma interessante ficção histórica, apresentando informações reais sobre os trajetos comuns dos navios baleeiros, métodos de caça, arpões, detalhes sobre essas embarcações, funcionamentos e armazenamento de produtos extraídos das baleias. E traz também uma excelente ficção fantástica, com um ar de mistério em volta do navio Pequod, as relações do comandante com seus comandados têm ritmo e notas de tensão crescente até o seu clímax.

Este clássico da literatura mundial não é datado como algumas obras, sua linguagem não é difícil e a escrita de Melville é descritiva na dose certa e contagiante quando tem que ser. A obra foi inicialmente mal recebida pela crítica especializada, assim como pelo público, mas com o passar do tempo tornou-se uma das mais respeitadas da literatura em língua inglesa, e seu autor é agora considerado um dos maiores escritores estadunidenses. Uma história que se repete com outros grandes escritores e, com toda a certeza, este livro merece estar em sua biblioteca.

Caíque Apolinário
Caíque Apolináriohttp://bookstimebrasil.com.br
(elu/delu - ele/dele) Escritor de quatro livros de ficção cientifica e host de alguns podcasts do portal. Viciado em café, multi tarefas e o suporte de toda a equipe.

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