Resenha de Atômica: A Cidade Mais Fria, de Antony Johnston e Sam Hart

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Mais um quadrinho para te deixar sem fôlego com tantas reviravoltas, espionagens, tiros e pancadaria para todos os lados. Quem será o inimigo, o aliado e – principalmente – quem está fazendo jogo duplo nesta confusão toda?


Editora: DarkSide Atômica: A Cidade Mais Fria, de Antony Johnston e Sam Hart
Páginas: 176
Ano de publicação original: 2012

Sinopse:

Berlim, outubro de 1989. O muro que dividiu a Alemanha está prestes a cair, feito uma peça de dominó que acabará derrubando também a União Soviética e a impenetrável Cortina de Ferro. A Guerra Fria parece chegar ao fim, mas o assassinato de um agente secreto inglês do MI6 com informações inestimáveis ― uma lista que contém os nomes de todos os espiões que atuam em Berlim ― deixa claro que os dois lados ainda têm muito o que esconder, como até hoje. Mas, junto ao corpo, não se encontra lista alguma.É nesse momento sombrio que entra em cena Lorraine Broughton, a veterana espiã fria e calculista vivida por Charlize Theron nos cinemas. E tudo começou nas páginas de ATÔMICA: A CIDADE MAIS FRIA, graphic novel escrita por Antony Johnston e ilustrada por Sam Hart que a DarkSide® Books está publicando no Brasil.


Lançada em 2012 pela primeira vez, o quadrinho do roteirista Antony Johnston e do ilustrador Sam Hart nos trouxe uma história cheia de agilidade e identidade. Os traços em certa medida simplistas, bem inspirados pelos clássicos filmes de espionagem – principalmente 007 -, porém com muita técnica, combina muito bem com uma trama complexa e que abusa dos plot twists. A decisão de se apropriar de um período tão icônico, atribulado e ambíguo como a queda do muro de Berlim e tudo o que o envolve, entre 1989-90.

Atômica: A Cidade Mais Fria, de Antony Johnston e Sam Hart

Os personagens são bem parecidos com os do filme de Charlize Theron, com uma única mudança de gênero quanto a um personagem importante para a jornada da protagonista. Ao intercalar os momentos temporais em que ela conta o ocorrido em interrogatório e nos momentos em que a ação realmente está acontecendo, a graphic novel estabelece algo de causa e efeito interessante, apesar de tirar todo o risco de vida da personagem.

São riscos tomados na narrativa. Porém, você não consegue confiar de toda alma e coração nos relatos da protagonista. A não confiança na protagonista, nos aliados, inimigos, faz com que a história mantenha uma linha de tensão instigante até o seu final. Grande acerto que traz consequências até sua última página, plot twist e intriga.

Caíque Apolinário
Caíque Apolináriohttp://bookstimebrasil.com.br
(elu/delu - ele/dele) Escritor de quatro livros de ficção cientifica e host de alguns podcasts do portal. Viciado em café, multi tarefas e o suporte de toda a equipe.

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