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Resenha de Semente Originária, de Octavia E. Butler

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Resenha de Semente Originária, de Octavia E. Butler

Semente Originária, o primeiro volume da série O Padronista, é um clássico da ficção científica escrito por Octavia E. Butler. Neste épico, a autora nos transporta por séculos de história, explorando temas profundos e complexos.


Editora: Morro Branco Semente Originária, de Octavia E. Butler
384 páginas

Sinopse:

No fim do século XVII, dois imortais se encontram em uma floresta africana. Um deles é Anyanwu, uma curandeira de trezentos anos que consegue mudar de aparência e usa sua sabedoria secular para ajudar as pessoas à sua volta. O outro é Doro, um déspota cruel que dominou o poder de roubar outros corpos quando o seu está esgotado. Juntos, eles vão transformar o mundo. Ao longo dos três séculos seguintes, Doro dá continuidade a um projeto de reprodução seletiva colossal, buscando criar uma genealogia dominante de seres sobre-humanos. Com mão de ferro, ele tenta controlar Anyanwu e a poderosa linhagem de descendentes dela, ainda que a mulher se recuse a ser subjugada. O confronto de ideais entre eles se torna épico. E, das aldeias do século XVII na costa ocidental da África até os Estados Unidos do século XIX, ambos travam uma guerra secreta, em que tudo é temporário, exceto os dois.


A trama se inicia no fim do século XVII, quando dois imortais se encontram em uma floresta africana. Anyanwu, uma curandeira de trezentos anos com a habilidade de mudar de aparência, e Doro, um déspota que pode roubar outros corpos quando o seu está esgotado – ou simplesmente quando ele quer. Juntos, eles vão transformar o mundo.

Doro busca criar uma genealogia dominante de seres sobre-humanos através de reprodução seletiva. Ele tenta controlar Anyanwu e sua poderosa linhagem de descendentes, mas ela se recusa a ser subjugada. O confronto entre esses dois imortais se aborda temas como poder, dominação e identidade. Não caindo no típico confronto bélico, mas indo pelo caminho ideológico.

A escrita de Octavia E. Butler é comovente, assustadora, divertida e estranhamente bonita. Ela nos leva das aldeias do século XVII na costa ocidental da África até os Estados Unidos do século XIX, em uma guerra secreta onde tudo é temporário, exceto os dois protagonistas. A escrita segue nos impactando com cada fase e momento de vida dos protagonistas deixando-nos desprotegidos sobre o que virá em seguida.

Semente Originária é uma excelente abertura para a trilogia. Além disso, a autora aborda temas de sexualidade e gênero de maneira mais progressista do que se esperava na época, algo que ela vai seguir com seus livros seguintes que publicou como é o caso da trilogia Xenogênese.