Resenha de A Conspiração da Aranha, de James Patterson

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Nesta primeira aventura de Alex Cross escrita por James Patterson, temos o estabelecer do personagem junto de sua família e amigos. Além de um dos maiores e melhores casos de suspense policial que o personagem já viveu.


Editora: Editorial Presença Resenha de A Conspiração da Aranha, de James Patterson
Páginas: 346
Ano de publicação original: 1993

Sinopse:

Alex Cross, o grande detetive-psicológo, estava agora formalmente a trabalhar no caso dos raptos. Juntamente com Jezzie Flannigan, responsável pelo corpo dos Serviços Secretos que deviam proteger e vigiar o colégio, vão formar uma equipa na tentativa de trazer o raptor à tribuna da justiça. Mas Gary Soneji tem planos diferentes. Uma das crianças aparece finalmente… mas morta. Depois de superado o caos inicial do choque de não estarem a lidar com um vulgar raptor, Cross, finalmente entende o que Soneji pretende: ser conhecido como o maior criminoso na história que nunca foi apanhado, superando o caso do homicídio de Charles Lindbergh Jr. que nunca foi solucionado e que lhe serviu de inspiração. Agora é continuar com o plano: perpetuar o verdadeiro «crime do século» e fazer com que Cross o documente e publique. Será Gary Soneji vítima de um grave distúrbio psicológico ou um manipulador brilhante com soberbos dotes dramáticos?


James Patterson resolveu em 1993, na década de grandes filmes de ação, trazer um suspense policial com um belo elemento de thriller psicológico. Aqui, vemos Alex Cross, um detetive negro que vive com Nana Mama (uma senhora que tomou conta dele depois dos pais morrerem, que logo se torna uma avó adotiva) e seus dois filhos Jamelle e Damon. Também temos o estabelecimento de seu passado, com uma morte repentina e traumática de sua ex-mulher anos antes e de seu modus operandis em Washington, DC, resolvendo casos de homicídio em bairros pobres e predominantemente habitado por negros que são menos favorecidos nos Estados Unidos.

A partir daqui temos então o pontapé inicial. Com Patterson já mostrando seu cartão de visita, construindo uma estória de modo cinematográfico e trazendo pontos para debate como preconceitos étnicos e sociais, com diversas trocas de perspectivas e trazendo surpresas que são verdadeiramente surpreendentes, ao contrário de outros livros em que as surpresas são vistas de longe.

O detetive é tirado de um caso chocante de assassinato em série em um bairro pobre para tentar resolver o caso do sumiço de duas crianças ricas no centro da cidade. Ele fica nervoso com estas ordens, mas com o andar da investigação, ele se apega às imagens das crianças e corre atrás do suposto professor que é suspeito de armar tal artimanha. O plano perfeito. Porém, quando uma das crianças aparece morta num rio, violentada, Alex Cross tem que correr contra o tempo para desvendar a mente criminosa por trás do caso e de resgatar a criança sobrevivente (ou ao menos o seu cadáver).

Esta edição não foi lançada ainda no Brasil, eu li um ebook da edição de Portugal e por isso, acabei descobrindo diversos sinônimos para palavras mais usuais aqui do que para os nossos camaradas do outro lado do Atlântico. Logo, é uma experiência louvável, ainda mais por desvendar termos oriundos do espanhol e latim.

O ritmo da estreia de Cross é alucinante, a perseguição parece terminar nunca e um final trágico sempre está a vista. O modo como o detetive investiga é interessante, pois ele não quer apenas capturar o criminoso, mas quer entende-lo, e isso pode ter inspirado obras e obras tanto nos anos 90 como além. E claro, as reviravoltas honram muito bem o gênero.

Caíque Apolinário
Caíque Apolináriohttp://bookstimebrasil.com.br
(elu/delu - ele/dele) Escritor de quatro livros de ficção cientifica e host de alguns podcasts do portal. Viciado em café, multi tarefas e o suporte de toda a equipe.

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